Vazam senhas, e-mails e transações de clientes do Banco Inter, diz site; banco nega
Banco desmente o vazamento
Uma reportagem desta sexta-feira (4) do portal Tecmundo aponta que cerca de 100 mil clientes do Banco Inter tiveram dados sensíveis vazados em um ataque hacker. Entre as informações divulgadas estariam e-mails, chaves de segurança, senhas, transações e dados pessoais dos correntistas.Segundo o Tecmundo, os dados estão presentes em um arquivo criptografado de 40GB, enviado ao site na terça-feira passada (24) junto de um manifesto de 18 páginas assinado pelo hacker “John”, que explicou como teve acesso aos dados. O hacker afirma que mais de 300 mil nomes estão envolvidos, mas a reportagem confirmou apenas 81.609 deles.
“Estamos quase às vésperas da decisão do grupo de trabalho que definirá as regras e sob quais condições e limites os bancos poderão adotar Cloud Computing em larga escala. […] Mas estamos prontos para esse salto?”, escreveu o suposto hacker. O Inter é um dos primeiros bancos brasileiros a armazenar os dados de clientes em nuvem e, nesse sistema, uma brecha de segurança permitiu que os dados fossem hackeados, explicou “John” no manifesto.
O hacker teria feito contato com o Banco Inter para corrigir o problema, pedindo uma quantia não divulgada como pagamento. Ele ainda prometeu que, se não houvesse resposta em 15 dias, tornaria o caso público, o que veio a acontecer.
O InfoMoney entrou em contato com o Banco Inter para obter um posicionamento sobre o suposto vazamento e o banco desmentiu os fatos. A entidade enviou o seguinte comunicado:
“O Banco Inter comunica que foi vítima de tentativa de extorsão e que imediatamente constatou que não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem dano à sua estrutura tecnológica. A companhia esclarece, ainda, que comunicou o fato às autoridades competentes e a investigação corre em sigilo. Reforça também que, conforme a Lei 5.250/1967, Art. 16, é crime a divulgação de “notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados” a respeito de instituição financeira, ou para causar “perturbação da ordem pública ou alarma social”.
O Banco Inter estreou na bolsa de valores na última segunda-feira (30) com um valor de R$ 1,9 bilhão. Nesta sexta, com a divulgação do possível ataque hacker, as ações já acumulam queda de 10%.
Fonte: InfoMoney / CONTEC