Centrais sindicais realizam ato unitário em defesa do Ministério do Trabalho
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou, na manhã desta terça-feira (11), em frete a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), de um ato unitário com as demais centrais sindicais em defesa do Ministério do Trabalho (MT).
O MT, que completou 88 anos, é o instrumento garantidor dos direitos sociais previstos na Constituição Federal. O órgão é responsável pela fiscalização de tudo o que envolve o mundo do trabalho, inclusive aplicando sanções previstas em normas legais ou coletivas, o que torna o órgão uma referência mundial no enfrentamento ao trabalho escravo, que também é um conjunto de ações que estão sobre a coordenação do MT por meio da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE).
Segundo Antônio Carlos dos Reis (Salim), vice-presidente da UGT, é preciso se organizar para manter o Ministério do Trabalho, não podendo permitir que esta entidade, que é tão importante para a classe trabalhadora, seja extinta.
Salim fez uma reflexão em relação aos governos ultradireitistas que foram eleitos em outros lugares do mundo e ressaltou os casos da Argentina e da França, onde elegeram governos conservadores e o reflexo está sendo uma série de manifestações populares contrárias as decisões de austeridade e que culminaram com a morte de muitos cidadãos.
“Na França, estão querendo colocar em prática uma política contra toda a sociedade e os Coletes Amarelos estão dando a resposta para essas ações do governo. Na argentina, o reflexo vem pelas greves gerais. Nós não podemos permitir que isso ocorra no Brasil, temos que pegar o exemplo dos argentinos e dos franceses para mobilizar os trabalhadores do nosso país para não serem escravos dos patrões e desses governos que não têm compromisso com a classe trabalhadora”, disse Salim.
Em carta divulgada pela Associação Paulista de Direito do Trabalho (APDT), a entidade enfatiza que a extinção do MT poderá gerar desnecessário conflito com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de significar a extinção do único canal de comunicação entre a classe trabalhadora e o Governo.
O ato, que aconteceu simultaneamente em outras regiões do país, e reuniu militantes das centrais sindicais coirmãs.
Fonte: CONTEC