PCR: sindicatos cobram reajuste acima do INPC no Itaú-Unibanco.

Comissão questiona aumento da meta de lucratividade e defende valorização real dos trabalhadores.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú-Unibanco, ligada à Contec, se reuniu nesta quarta-feira, dia 24 com representantes do Banco para discutir a renovação do Programa Complementar de Resultado (PCR). A proposta apresentada pelo Itaú é válida por dois anos e prevê um reajuste baseado no índice de lucratividade ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido).
Segundo o Itaú, o percentual de referência do ROE passaria de 22% para 23%, com os seguintes valores propostos: R$ 3.831,48 para ROE de até 23% e R$ 4.016,15 para ROE acima de 23%. Para o primeiro ano, o reajuste seria de 4,17%, correspondente ao INPC acumulado de janeiro de 2024 a janeiro de 2025. No segundo ano, o reajuste seguiria os índices definidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A COE questionou o aumento do percentual do ROE, argumentando que 22% já é um índice elevado de rentabilidade. A comissão também defendeu um reajuste maior que o INPC, considerando os bons resultados do Banco e o cenário de alta produtividade dos trabalhadores.
“Se o Banco teve um desempenho tão positivo, é justo que esse esforço seja reconhecido com uma valorização real. O ROE de 22% já é excelente, não há justificativa para aumentar ainda mais a meta dos trabalhadores”, afirmou José Augusto Ribeiro, dirigente sindical da base da Feeb SP/MS.
O banco informou que irá avaliar internamente os questionamentos e se comprometeu a tentar melhorar a proposta, que será posteriormente levada aos trabalhadores do Itaú-Unibanco.
Fonte: Federação dos bancários de SPMS