Encontro Nacional define plano de lutas contra ataques do Santander.
O Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, realizado nesta terça-feira, dia 3, pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco, trouxe aos delegados o debate sobre os planos de previdência fechados, os ataques que os mesmos vêm sofrendo, tanto da parte dos Bancos quanto do governo, e a análise dos resultados do balanço do Banco e da holding de empresas grupo.
“Há um forte ataque aos planos fechados, com os Bancos querendo ocupar espaço para vender planos privados de previdência complementar e o governo tentando reduzir suas responsabilidades com a pensão dos trabalhadores”, afirmou o ex-diretor eleito da Previ e ex-vice-presidente da Anapar, José Ricardo Sasseron. Para Sasseron, há uma disputa muito grande entre os bancos e os fundos fechados de previdência.
Sasseron disse, ainda, que a Previc, que é quem deveria regular o funcionamento dos planos fechados de previdência, está atualmente mais ao lado das empresas patrocinadoras dos fundos de pensão do que dos participantes, inclusive em relação ao desrespeito aos contratos entre os participantes e as empresas patrocinadoras dos planos, citando as mudanças pretendidas nas leis complementares 108 e 109, para permitir que as empresas possam patrocinar mais do que um plano de previdência e liberar a administração destes por bancos e outras empresas financeiras.
O debate sobre os ataques aos planos de previdência continuou com apresentações sobre os planos fechados do Santander (Banesprev, Sanprev, SantanderPrevi e Bandeprev).
Plano de lutas
Ao final do encontro, os delegados apresentaram propostas de ações para resistir aos ataques contra os direitos dos trabalhadores e avançar na conquista de novos direitos.
“O Santander vem adotando uma postura intransigente, com ataques aos direitos e tomada de medidas sem que haja negociações com a representação dos trabalhadores. Muitas propostas foram apresentadas para lutarmos contra isso. A COE vai analisar cada uma delas e sintetizá-las para a mobilização dos trabalhadores na ação contra estes desmandos do banco”, disse a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.
Tanto o plano de lutas, quanto os documentos e apresentações feitas durante o encontro serão disponibilizadas aos representantes da COE e das entidades sindicais que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários, que se encarregarão de fazer o repasse para suas bases.
Fonte: spbancarios.