CONTEC e Banco do Brasil debatem Saúde e Condições de Trabalho

Na terceira rodada de negociações da Campanha Salarial 2020 entre a CONTEC e o Banco do Brasil, os temas Saúde e Condições de Trabalho foram debatidos ontem, quarta-feira, dia 12.  

O primeiro tema tratado na reunião foi relacionado a procedimentos em caso de assalto, sequestro e explosão de caixas eletrônicos. A CONTEC reivindicou o imediato fechamento das unidades que forem alvo de assaltos, sequestros ou explosões e o pronto atendimento médico, psicológico e jurídico aos funcionários, além de comunicação à CIPA e ao sindicato da base territorial. A reivindicação contempla também o preenchimento da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) aos funcionários da agência, afastamento sem prejuízo salarial após avaliação médica e transferência para o mesmo cargo caso seja solicitada pelo funcionário.

Ainda sobre a questão de segurança, a CONTEC solicitou também que os funcionários não sejam mais responsáveis pela guarda de chaves das agências e cofres, ficando esses serviços sob a guarda de empresas especializadas em segurança.

O Banco do Brasil negou as reivindicações, sob a alegação de que as cláusulas do atual acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que tratam da indenização decorrente de assalto e também da segurança bancária já contemplam o pleito e que os planos de segurança aprovados pela Polícia Federal são eficazes. A CONTEC voltará a debater estes assuntos nas próximas reuniões, pois entende que o BB tem condições de atender as reivindicações e ampliar ainda mais as medidas protetivas para os funcionários.

Para surpresa dos dirigentes da CONTEC, o BB sinalizou que na cláusula do atual ACT que versa sobre a complementação de auxílio-doença previdenciário e acidentário, pretende reduzir de 18 para 12 meses do início da licença-saúde o prazo para que seja facultado a empresa solicitar ao funcionário que se submeta a exame médico junto à CASSI. A CONTEC irá debater internamente esta proposta do banco e retomará as conversas nos próximos encontros.

A resposta do BB a respeito da cláusula que trata do horário de repouso e de trabalho em atividades repetitivas também surpreendeu a CONTEC, pois é uma cláusula que já vem sendo renovada anualmente e neste ano o Banco afirmou que só dará uma resposta após o assunto ser debatido na mesa única da Fenaban.

A grande polêmica da negociação foi a reivindicação para que seja assegurada a função comissionada ou gratificada ao funcionário que se afastar por mais de 180 dias por motivo de licença-saúde. O BB se negou a atender a esta reivindicação, alegando que a empresa necessita dar continuidade aos seus negócios e que por isso se faz necessário substituir o funcionário afastado. O Banco também não reconhece que haja perda financeira neste caso, sob o argumento de que durante o afastamento é paga a complementação salarial e após a licença há o recebimento do VCP por ainda 12 meses. A CONTEC continuou enfatizando que na maioria dos casos o funcionário afastado já é encaminhado ao Quadro Suplementar pelo gestor após 90 dias e que além da perda financeira há também um grande impacto psicológico no trabalhador com a perda da função, podendo atingir até mesmo seus familiares. Muitos funcionários deixam de cuidar devidamente da sua saúde com medo de afastarem por um longo período e perderem sua função. A CONTEC também voltará a discutir este assunto com o Banco do Brasil.

Finalizando a reunião, o Banco concordou em renovar as seguintes cláusulas do atual ACT:

– Licença adoção;

– LAPEF;

– PAS Adiantamento;

– PAS Auxílio;

– Ampliação da licença paternidade;

– Caixa-Executivo – Vantagem em caráter pessoal para portadores de lesão por esforço repetitivo (LER/DORT);

– Horário para amamentação;

– Acesso e locomoção de pessoas com deficiência.

A próxima reunião com o Banco do Brasil irá tratar das cláusulas Sociais e Igualdade de Oportunidades e será realizada no dia 17/08 (segunda-feira) às 10h00.

 

Fonte: Contec