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julho 15, 2022

CEE Caixa cobra política de prevenção ao assédio.

A Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE) se reuniu na quinta-feira (14), com o banco e cobrou melhores condições de trabalho, apuração rigorosa das denúncias de assédio sexual e combate efetivo a qualquer tipo de assédio na Caixa. A reunião faz parte da rodada específica de negociação da campanha salarial de 2022. Antes de iniciar a reunião, os participantes registraram o sentimento de perda e tristeza pelo falecimento do amigo e colega da Caixa Jorge Furlan, que fazia parte da Comissão.

Primeira rodada de negociação específica aconteceu nesta quinta-feira (14). O banco apresentou novo canal de denúncias de assédio, voltado para mulheres. Representantes cobram, também, que a Caixa trabalhe uma política de prevenção ao assédio

Representantes dos trabalhadores reforçaram pedido de esclarecimentos do banco sobre as graves denúncias de assédio sexual e moral praticados por Pedro Guimarães, ex-presidente do banco, enquanto ainda estava no cargo. O pedido foi estendido para outros dirigentes do banco também acusados de assédio, inclusive com PCDs (pessoas com deficiência). As falas destacaram a importância de denunciar e romper o silêncio. O movimento sindical se colocou mais uma vez em defesa das vítimas e à disposição para lutar pela proteção do trabalhador.

“É fundamental atuar na prevenção dos casos de assédio moral e sexual criando um arcabouço de proteção à dignidade das pessoas”, destaca Carlos Augusto Pipoca, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul na CEE Caixa.

O banco apresentou um novo canal de denúncias de assédio moral e sexual – o Diálogo Seguro Caixa. A Comissão reconheceu a iniciativa do banco, mas destacou que verificará a fundo o funcionamento do canal, especialmente a garantia de que é um espaço seguro e criado para que as mulheres se sintam seguras e acolhidas. A COE informou ainda, que o canal será estudado aperfeiçoado e negociado para que seja incluído nas cláusulas do Acordo Coletivo.

“O banco apresentou um conjunto de instrumentos de combate ao assédio, alguns deles novos e claramente relacionados aos escândalos recentes. Na primeira impressão, entendemos que há espaço para aperfeiçoamentos, por exemplo, esperamos que haja acompanhamento efetivo das denúncias por parte da representação dos trabalhadores e proteção total às vítimas”, comenta Pipoca.

Fonte: Federação dos bancários de SPMS