Bancos propõem reajuste salarial de 1,5%, mais abono de R$ 2 mil
Os Bancos apresentaram nova contraproposta de reajuste salarial, durante a 12º rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, iniciada nesta quinta-feira (27 de agosto) e se estendeu até a manhã de hoje (28 de agosto). A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste salarial de 1,5%, mais abono de R$ 2 mil. E mais: reposição da inflação dos últimos 12 meses (setembro de 2019 a agosto 2020, estimada em 2,74%) para as demais verbas, como vales alimentação, refeição e auxílio creche/babá.
De acordo com o Comando, o reajuste de 1,5%, mais abono de R$ 2 mil neste ano garante, no período de 12 meses, valores acima do que seria obtido apenas com a aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para salários até R$ 11.202,80. O que representa 79,1% do total de bancários. Inclusive considerando o pagamento de 13º salário, férias e FGTS.
Veja como ficam salários com 1,5% de reajuste + abono de R$ 2 mil:
Aumento real em 2021
Para 2021, a nova contraproposta da Fenaban prevê reposição do INPC acumulado no período setembro de 2020 a agosto de 2021, mais aumento real de 0,5% para salários e demais verbas como VA e VR, assim como para os valores fixos e tetos da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A contraproposta prevê ainda a manutenção de todas as cláusulas da CCT por dois anos.
Veja como ficam VA, VR e demais verbas com a reposição da inflação (estimada em 2,74%):
PLR
A Fenaban reafirmou que a PLR será calculada com base na regra atual, contraproposta apresentada na 11ª rodada (26 de agosto); na sexta rodada (18 de agosto), a Fenaban havia proposto PLR reduzida. Os valores fixos e tetos da PLR serão reajustados com base no INPC acumulado nos últimos doze meses, estimado em 2,74%.
“A mobilização da categoria nas redes sociais e o empenho do Comando dos bancários em pressionar nas negociações deu resultado e conseguimos avançar. Porém nada está definido e aguardamos orientações do Comando Nacional dos Bancários para convocar a categoria para avaliar e decidir os rumos da campanha”, avalia Antônio Marcos de Barros, presidente do sindicato.