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julho 28, 2020

Bancários do Santander estão sendo obrigados a cederem direitos de imagens e dados pessoais

Os bancários foram surpreendidos mais uma vez com a postura intransigente do Santander. O Sindicato recebeu informações de que o Banco enviou um contrato chamado de Termo Aditivo ao Contrato de Trabalho que, se assinado, dará total direito ao Santander de coletar e armazenar imagens e dados pessoais, bem como compartilhar essas informações a terceiros no Brasil e também no exterior.

O documento foi enviado via Portal do RH e deverá ser assinado até o dia 14 de agosto.

Segundo a orientação jurídica enviada ao Sindicato pela Federação dos Bancários de SPMS, o Santander busca com tal “Termo” um consentimento de forma ampla e genérica dos bancários para uso dos seus dados pessoais, o que gera insegurança e até uma certa desconfiança. E ainda podemos concluir também que no referido “Termo” não há transparência, a qual venha possibilitar ao bancário compreender a extensão do “reconhecimento” que está sendo dado – e muito menos se o banco trata este termo como sinônimo do “consentimento” previsto na Lei Federal.

“O Sindicato condena mais essa postura antissindical do Santander de tomar medidas que prejudicam seus trabalhadores sem negociação com o movimento sindical e tomará as medidas necessárias para impedir que o Banco coloque em prática mais essa medida, pois entendemos que qualquer forma de alteração no contrato de trabalho necessita de negociação, em especial um tema complexo como a coleta e compartilhamento de dados pessoais. Nossa orientação é para que os bancários não assinem o documento e denunciem ao Sindicato caso sejam pressionados”, alerta Antônio Marcos de Barros.

Banco de Horas

O Banco Santander suspendeu a reunião que seria realizada na ultima sexta-feira, 24, por videoconferência. O objetivo era a discussão da pauta sobre o Banco de Horas (negativo), direcionado aos funcionários afastados do trabalho em decorrência da pandemia do novo coronavírus. A reunião foi reagendada para o dia 28/07.

Na primeira reunião que discutiu o Banco de Horas, realizada no 10 de julho, o Santander apresentou como proposta a contagem do Banco de Horas com início em abril deste ano e ofereceu um prazo de compensação das horas negativas de 18 meses. Para os bancários a proposta foi insuficiente. “Nossa reivindicação é de que a contagem seja efetuada a partir do mês de maio, com uma compensação de 12 meses”, explica a representante da Feeb SP/MS, Patrícia Bassanin. Na última reunião, o Santander assumiu o compromisso de apresentar nova proposta no próximo encontro, marcado para o dia 24 e postergado para o dia 28.

 

Fonte: Federação dos Bancários de SPMS