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fevereiro 11, 2018

Executivos do Santander querem lucrar tirando direito dos trabalhadores

Dirigentes sindicais cobram de representantes do Santander revogação de medidas que prejudicam bancários
Dirigentes sindicais cobram de representantes do Santander revogação de medidas que prejudicam bancários

Dirigentes sindicais cobram de representantes do Santander revogação de medidas que prejudicam bancários
Foto: Seeb-SP

A reforma trabalhista de Michel Temer começou a afetar diretamente os bancários do Santander. Sem qualquer negociação com os trabalhadores, o banco está impondo mudanças no acordo de horas extras e no fracionamento das férias. A nova lei permite a negociação direta entre empresa e trabalhador nesses dois temas, em uma correlação desigual de poder, na qual o empregador pode impor sua vontade sobre a prerrogativa de demitir o empregado caso não aceite os termos.

O banco também anunciou que a partir de março o salário passará a ser creditado no dia 30 e não mais no dia 20. E o décimo terceiro, que era pago em março e novembro, passará para os meses de maio e dezembro.

“Não contente em pressionar violentamente os trabalhadores buscando aumento dos lucros dos acionistas e dos bônus já milionários pagos aos executivos, o Santander agora também quer fazer resultado em cima da folha de pagamento, retardando a data para o crédito dos salários”, denuncia Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE).

Nesta quarta-feira 13, dirigentes sindicais entregaram documento aos representantes do banco cobrando a revogação dessas medidas e abertura de negociação.

Na mesma reunião, os dirigentes sindicais reforçaram a enorme indignação causada entre os trabalhadores por causa do reajuste de 20% nos planos de saúde e do aumento na coparticipação das consultas e procedimentos médicos.

Demissão em massa – A reforma trabalhista atingiu em cheio os bancários do Santander. Nos últimos dias, o banco dispensou 170 funcionários. Antes vedada pelos tribunais trabalhistas, a demissão em massa sem negociação prévia com o Sindicato agora é expressamente permitida pela nova legislação.

“Nada justifica essas demissões considerando o astronômico lucro da empresa no Brasil que representa a maior fatia em todo o banco em nível mundial” afirma Maria Rosani.
 
“Esse imenso desrespeito praticado contra dezenas de pais a mães de família tem o agravante de que muitos desses bancários foram demitidos no exame de retorno médico, uma prática execrável que revela todo o desprezo da diretoria do Santander com a saúde dos trabalhadores que ficaram doentes justamente de tanto trabalhar em um ambiente onde a pressão, a sobrecarga e o assédio são a regra”, condena Maria.

 

Fonte: SP Bancários