Mercantil do Brasil encerra atividades no Rio de Janeiro.
Funcionários e clientes do Banco Mercantil do Brasil foram surpreendidos pela falta de compromisso e pela irresponsabilidade do banco, que anunciou, na manhã de segunda-feira, dia 20, o encerramento das atividades no Rio de Janeiro, depois de mais de 50 anos de atuação no estado.
Além de deixar milhares de clientes frustrados e sem atendimento bancário, o Mercantil ainda demitiu dezenas de funcionários, muitos deles com problemas de saúde e estabilidade provisória de emprego, contrariando diversos direitos trabalhistas.
O coordenador Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, disse que, “para confundir e desinformar a população, o banco anunciou que haveria apenas a mudança de endereço da filial Rio de Janeiro, mas sem nenhuma consideração com os usuários e trabalhadores, mudou os planos e simplesmente encerrou as atividades no estado”.
Para Marco Aurélio Alves, o Mercantil, mais uma vez, usou sua truculência e demonstrou sua ganância por lucros cada vez mais exorbitantes. “Poderíamos ter negociado outras medidas para evitar esses cortes drásticos nas agências, porque o maior direito do trabalhador é o direito ao emprego”, afirmou.
A COE Mercantil tentou contato com o departamento de Recursos Humanos do banco para o cancelamento das demissões irregulares e o remanejamento de todos os trabalhadores para unidades fora do estado do Rio de Janeiro, mas ainda não obteve resposta.
Durante a primeira rodada de negociação nesta quarta-feira, dia 22, o Comando Nacional solicitou que a Fenaban intermedie junto ao BMB para que seja respeitada a decisão do Supremo. O Comando lembrou sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à necessidade de negociações com os sindicatos antes de empresas promoverem demissões em massa.
De acordo com a Fenaban, uma reunião será agendada com o banco para tratar sobre o assunto e uma resposta será dada à representação da categoria até a manhã desta quinta-feira, dia 23.
Fonte: Seeb/Belo Horizonte e Região, com Contraf-CUT.