Itaú-Unibanco apresenta nova proposta sobre as Comissões de Conciliação Prévia (CCP) em Curitiba/PR
Durante a apresentação da proposta de novas CCPs, Gladir Antonio Basso, Romualdo Garbos e Carlos Alberto dos Santos Sobrinho.
A nova proposta para instalação de CCPs (Comissões de Conciliação Prévia) do Banco Itaú foi apresentada ontem (31), na sede da Feeb-PR (Federação dos Bancários do Estado do Paraná) pelos representantes do Departamento de RH (Recursos Humanos) do Itaú, Romualdo Garbos, Carlos Alberto dos Santos Sobrinho e Gustavo Fernandes Barbosa. Participaram também dirigentes sindicais bancários ligados à Feeb-PR: pelo Sindicato de Ponta Grossa, Gilberto Lopez Leite; de Paranaguá, Tânia Mara e Chico; e de Pato Branco, Tonial, além de Gladir Basso, que além de presidente da Federação preside também o Sindicato de Cascavel.
Inicialmente, Gladir Basso falou sobre a importância que as homologações das rescisões contratuais voltem a ser realizadas dentro dos sindicatos, mas apesar de sua insistência e dos demais dirigentes presentes, Romualdo Garbos informou que o Itaú não pretende negociar isso por enquanto, ou seja, as homologações continuarão acontecendo dentro do banco, como faculta a legislação trabalhista atual. No entanto, informou que os sindicatos podem acompanhar os bancários no momento da homologação, caso seja solicitado pelo empregado.
Na sequência da reunião, Carlos Alberto dos Santos Sobrinho explanou sobre as características da nova CCP, citando como vantagens as seguintes particularidades:
– Todas e quaisquer reivindicações passíveis de ação trabalhista poderão ser conciliadas e não apenas horas-extras;
– Não haverá restrição para cargos; todos os cargos serão contemplados;
– Também poderão propor conciliação os empregados que não aceitaram a proposta da antiga CCP;
– Nas bases dos sindicatos que assinarem a CCP não será criada Comissão Interna de representação dos empregados;
– Os sindicatos aderentes receberão uma taxa administrativa que variará entre R$ 800,00 e R$ 1.150,00 por processo (há tabela progressiva).
Os executivos Informaram também que o Banco apresentará o valor global para fechamento do acordo, e quais verbas trabalhistas foram consideradas nesse valor global.
O empregado, ao fechar o acordo, deverá assinar uma quitação geral de direitos trabalhistas, nada podendo requerer depois judicialmente.
Questionados pelo presidente Gladir Basso, os negociadores garantiram que, uma vez aberto o processo, todas as informações ao bancário serão repassadas por intermédio do respectivo sindicato.
Esse modelo de CCP proposto não alcança funcionários da ativa. O público alvo é somente “ex-funcionários”.
Os representantes do Banco Itaú deixaram a minuta do acordo para que os sindicatos tomem conhecimento de todo o seu teor, antes de assinar, e reiteraram seu desejo de que todos participem desse novo processo, evitando assim o desgaste de ações judiciais e o risco de necessidade de pagamento de verba de sucumbência em caso de eventual verba não deferida pelo Poder Judiciário. (Foto: Divulgação)
Fonte: FEEB-PR / CONTEC