Itaú lucra mais de R$ 26 bilhões e fecha 15 agências físicas.
Elevação de lucro é resultado de situação econômica do país associada ao fechamento de agências e sobrecarga de funcionários
O Banco Itaú registrou lucro acima de R$ 26 bilhões em 2021. Durante o ano a instituição fechou 15 agências físicas e abriu outras 28 digitais. O movimento sindical avalia como fatores que contribuíram com o desempenho: a situação econômica do país, marcada pela alta dos juros, o fechamento de agências físicas e a sobrecarga de trabalho dos funcionários.
Comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 45%. No 4º trimestre, o lucro líquido do banco foi de R$ 7,159 bilhões, com alta de 5,6% em relação aos três meses anteriores, quando o valor foi de R$ 6,779 bilhões. No país, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o patrimônio líquido atualizado – ROE) foi de 19,9%, com elevação de 4,6 pontos percentuais (p.p.) no período.
O banco associa o resultado à mudança do “mix” da carteira de crédito no segmento do varejo, que elevaram em 8,3% a margem financeira com clientes. O aumento dos juros, segundo a instituição, também ampliou a remuneração do capital de giro próprio e a margem de passivos, que somam-se ao aumento na margem financeira com o mercado e à redução no custo do crédito no período.
“Vale lembrar que o crescimento reflete a realidade do país, ou seja, a alta dos juros. As contratações que o banco tem efetuado são pensadas no crescimento das agências digitais, sendo as contratações vinculadas à área da tecnologia. A sobrecarga e o acúmulo de funções também contribuem com o resultado atingido, positivo para o banco, porém, prejudiciais à saúde física e mental do trabalhador”, declara Reginaldo Breda, secretário Geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB SP/MS).
COE
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) debateu, na última semana, temas recorrentes de interesse dos bancários, entre eles, o GERA, novo programa de remuneração variável. De acordo com a representação, o programa vem trazendo problemas aos funcionários devido à dificuldade no cumprimento das metas, motivo de muitas demissões. O banco de horas também foi abordado e a quantidade de funcionários devendo o banco de horas preocupa os representantes. Outro assunto em pauta são as demissões de PCD’s (Pessoas com Deficiências). A defesa dos trabalhadores relata que as demissões têm ocorrido aleatoriamente sem levar em consideração o protocolo da pandemia.
Banco
O movimento sindical deverá se reunir com o Banco nesta quarta-feira, dia 16, para debater os temas acima e outros de relevância para a categoria. O encontro está previsto para ocorrer às 15h. A FEEB SP/MS estará representada pelo dirigente Walmir Gomes e pelo secretário geral, Reginaldo Breda.
Fonte: Federação de SPMS