BNDES tem lucro líquido de R$ 6,36 bilhões em 9 meses
Valor supera o lucro anual recebido nos últimos três anos; consultas registraram primeiro aumento desde 2012.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve lucro líquido de R$ 6,36 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, o que equivale a um aumento de 98,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As demonstrações financeiras do banco de fomento foram divulgadas na tarde desta quarta-feira (14).
De acordo com o diretor do banco, Ricardo Ramos, o resultado supera o lucro líquido anual obtido nos últimos três anos, sempre na casa de R$ 6 bilhões. “Fizemos um ano em apenas nove meses”, comemorou.
Considerando apenas o resultado do 3º trimestre, o lucro líquido do banco foi de R$ 1,6 bilhão, abaixo do registrado no mesmo trimestre do ano passado, quando foi de R$ 1,9 bilhão. “Essa diferença é irrelevante estatisticamente. São R$ 200 milhões a menos, claro, mas estatisticamente é irrelevante”, ponderou Ramos.
Segundo o superintendente da área de integridade, conformidade e gestão do banco, Carlos Frederico Rangel, o lucro foi influenciado pelo melhor resultado com participações societárias, que foi de R$ 2,87 bilhões, um aumento de 99,4% em relação ao mesmo período de 2017.
Esse aumento, segundo o banco, “refletiu o crescimento de R$ 1,98 bilhão do resultado de alienações de investimentos, com destaque para a venda de ações da Petrobras, Eletropaulo e Vale”. Até dezembro do ano passado, o BNDES tinha 16,54% de participação na Petrobras. Esse percentual caiu para 15,24% no fechamento de setembro.
Consultas têm primeira alta em seis anos
O diretor do BNDES Ricardo Ramos destacou que as consultas nos primeiros noves meses aumentaram pela primeira vez desde 2012. “Isso já reflete um pouco a retomada da economia, ainda que lenta e gradual”.
Desembolsos
Questionado sobre os desembolsos do banco, Ramos disse que o volume “vem num ritmo melhor do que as operações”. Ele disse haver expectativa de que este volume aumente até o final do ano, embora destaque que não é o resultado mais importante.
“O que estamos perseguindo e que a gente acha que consegue que no ano seja ligeiramente superior ao ano passado. Mas, de fato, o impacto de desembolsos no último trimestre é residual. O que é relevante para o banco é a carteira de crédito em si”, disse Ramos .
Fonte: G1 / Diretoria Executiva da CONTEC