Demissões, sobrecarga, filas nas agências. Que vergonha, Bradesco!
Mesmo com lucro de R$ 4,3 bilhões só no 1º trimestre deste ano, o Bradesco está cortando empregos, sobrecarregando os funcionários, fechando agências e oferecendo péssimo atendimento aos clientes, que inclui insegurança nas unidades de negócio. Diante disso, o movimento sindical, organizado nacionalmente, lançou campanha de denúncia contra essa postura do banco.
Nas últimas mesas de negociação com o Bradesco, esses problemas apareceram de maneira frequente. “O banco já disse, em momento anterior, que o fechamento de unidades segue uma tendência do setor, o avanço tecnológico, e que é um movimento constante de avaliação de cenário. Mas nenhum avanço tecnológico justifica o que a gente tem visto ultimamente, sobretudo em regiões mais afastadas dos centros comerciais: filas enormes, às vezes para fora da unidade, agências com poucas pessoas para realizar atendimento, sem contar a pressão velada para encaminhar os clientes de menor renda para atendimento no Bradesco Expresso”, conta Erica de Oliveira, representante de São Paulo na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.
O Sindicato tem acompanhado o esforço dos bancários para atender os clientes, e constatado que realmente falta gente; e tem acompanhado também as demissões promovidas pelo banco nos departamentos. Essas demissões têm gerado enorme apreensão entre os bancários. Muitos deles têm bastante tempo de banco e estão próximos da aposentadoria.
“O diagnóstico que temos é: tem muito trabalho a ser feito e falta gente. O Bradesco sempre foi um banco diferente, atendia a todos os públicos, mas atualmente vem mostrando uma mudança de postura que vem deixando seus clientes, principalmente os que precisam de atendimento presencial, bastante insatisfeitos. Por esse motivo protestamos: pelo fim do fechamento de agências, por segurança nas unidades de negócio, pelo fim das demissões e por mais contratações para melhor atender o cliente. Faremos atividades nas redes sociais e nos locais de trabalho. A clientela precisa saber que os bancários, sobrecarregados, são tão vítimas quanto eles”, destaca a dirigente.
#AVergonhaContinuaBradesco. A mobilização nas redes visou expor a irresponsabilidade social do banco, que lucra alto e devolve esse resultado à sociedade com corte de empregos e mau atendimento a usuários e correntistas. Com bastante engajamento, o assunto chegou ao quarto lugar nos trending topics Brasil e se manteve entre os sete primeiros por mais de duas horas após o início do tuitaço.
Fonte: SPbancarios