Banco do Brasil segue líder em ativos em ranking do Banco Central
Ao final de dezembro, somava R$ 1,437 trilhão em ativos, montante quase 8% maior que o Itaú Unibanco, que fechou o ano passado com R$ 1,332 trilhão (Aline Bronzati)
O Banco do Brasil segue na liderança em ativos entre as instituições financeiras pelo ranking do Banco Central. Ao final de dezembro, somava R$ 1,437 trilhão em ativos, montante quase 8% maior que o Itaú Unibanco, que fechou o ano passado com R$ 1,332 trilhão, conforme dados disponibilizados no site do órgão regulador.
Os balanços feitos pelas próprias instituições financeiras indicavam o Itaú no topo do ranking dos maiores bancos no Brasil e na América Latina, posição que era ocupada pelo BB nos últimos sete anos. De acordo com os dados, uma distância de cerca de R$ 49 bilhões registrada ao final de setembro teria sido eliminada, passando o banco privado a ter mais de R$ 24 bilhões acima do total de ativos do BB.
No entanto, o ranking do BC considera ativos que nos balanços das instituições financeiras ficam de fora como, por exemplo, seguros e ainda o banco Votorantim, do qual o BB tem 50% do capital total. Já os bancos levam em conta apenas as atividades exclusivamente bancárias.
Cada instituição adota um critério para a soma de ativos, o que dificulta a comparação. Por isso, o ranking do BC se sobressai já que usa a mesma metodologia. No caso do BB, caso consideradas as participações que o banco tem na Cielo, BB Seguridade e Votorantim, o total de ativos da instituição sobe para R$ 1,624 trilhão.
A única vez que o banco público chegou a perder momentaneamente a hegemonia para o Itaú foi após a fusão com o Unibanco. Entretanto, o banco público recuperou a liderança em ativos na sequência, depois de incorporar a Nossa Caixa, em 2009.
Retorno
Tanto o Itaú quanto o BB têm defendido, em conversas com a imprensa e o mercado, que o foco está na entrega do retorno e não em ser o maior banco em ativos. Entretanto, com sobra de capital, o Itaú foi às compras no ano passado. Além da Recovery, adquirida em 2015, mas concluída no ano passado, levou os 40% restantes da joint venture com o BMG em consignado e ainda a operação de varejo do Citi no Brasil.
Ontem, o diretor de relações com investidores do Itaú, Marcelo Kopel, afirmou, em evento, que o banco considera aquisições, mas apenas movimentos pontuais e não transformacionais como uma opção para uso de capital. Para este ano, o banco privado tem a operação de varejo do Citi no País para integrar e ainda está na disputa pela fatia do BB no banco Patagônia, de acordo com fontes. Kopel, questionado, explicou que o banco “segue olhando oportunidades”.
Já o BB está na contramão. Segue avaliando alguns desinvestimentos em busca de melhorar o seu capital e o seu retorno. A meta do banco, desde que Paulo Caffarelli assumiu o comando do banco público é reposicioná-lo ao lado dos pares privados em termos de rentabilidade.
No terceiro lugar do ranking do BC, está a Caixa Econômica Federal com R$ 1,256 trilhão em ativos, seguido pelo Bradesco com R$ 1,081 trilhão. Neste caso, também há uma inversão se considerados os balanços dos bancos. Isso porque desde que incorporou a operação do HSBC, em julho do ano passado, o Bradesco ocupa a terceira colocação entre os maiores bancos, sendo R$ 1,294 trilhão de ativos em dezembro último contra R$ 1,255 trilhão da Caixa.
O ranking do BC aponta o BNDES como o quinto maior banco, com R$ 867,571 bilhões em ativos e o Santander com R$ 705 bilhões.
Fonte: Estadão / CONTEC