Sindicatos realizam terceira rodada de negociação com Mercantil do Brasil.
Na ultima quinta-feira, dia 04, a comissão de empresa dos empregados do Mercantil realizou a terceira rodada de negociação com o banco. A categoria reforçou a defesa pela indenização dos funcionários demitidos e demais direitos como a permanência por mais dois meses (após o desligamento), de benefícios como vale refeição e alimentação e seguro de vida. O fim das demissões, com a requalificação dos profissionais que seriam demitidos para reaproveitamento em outras áreas do próprio banco, também foi reforçado.
As reivindicações foram iniciadas no dia 21 de outubro, quando o banco sinalizou a possível indenização aos funcionários. No dia 27, a conversa foi retomada e avançou para a possibilidade de reajuste do valor do Programa de Requalificação, previsto na cláusula 64ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e para a ampliação do prazo de assistência médica prevista na cláusula 42ª da CCT, por mais seis meses.
Nesta rodada de negociação, o banco informou que as propostas apresentadas não contemplam todos os demitidos e se limitam apenas aos cargos de gerentes administrativos e supervisores administrativos. A representação dos trabalhadores recusou a proposta. Após impasses, uma nova rodada de negociação ficou agendada para o dia 11 de novembro. “Inúmeros funcionários foram prejudicados com as demissões. Nosso papel enquanto representantes da categoria é defender todos os trabalhadores”, explica o secretário geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Reginaldo Breda.
Dia de luta
Na data da terceira rodada de negociação com o banco, os sindicatos realizaram protestos nas redes sociais e nas intermediações bancárias. Bancários foram às redes e protestaram com as hashtags #MercantilSemCompromisso e #MercantilSemCompromissoComVocê.
Pessoalmente, nas proximidades dos ambientes bancários, ocorreram distribuição de informativo sobre as decisões do banco e orientação aos clientes sobre as demissões e transformação de agências em postos de atendimento bancário (PAAs).
Demissões
No mês de outubro, dezenas de demissões ocorreram por parte do banco. De acordo com o banco, as demissões fazem parte do processo de reestruturação com a transformação das agências em PAAs. Para a categoria, além de ser prejudicial para os trabalhadores, as decisões atingem diretamente os clientes, uma vez que a atuação principal do banco é o pagamento de benefícios da aposentadoria. “Com o número reduzido de funcionários na linha de atendimento, o tempo de espera pelo serviço é maior, o que prejudica idosos e demais usuários, que muitas das vezes precisam se deslocar por maiores distâncias e esperar mais tempo nas filas”, pontua Reginaldo Breda.
Fonte: Federação dos bancários de SPMS.