CEBB reivindica melhorias na proposta de Teletrabalho apresentada pelo Banco do Brasil
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) reivindicou na tarde de quarta-feira, 11, em reunião realizada com o Banco, melhorias na proposta de Teletrabalho. Para a representação dos bancários, o acordo está insuficiente. “É importante ter atenção e clareza nesse momento para que nenhum empregado seja prejudicado. O novo acordo terá validade no período pós-pandemia, para funcionários que estiverem no teletrabalho, não tendo relação com profissionais que realizam home office em razão da atual crise sanitária”, explica Elisa Ferreira, representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
O pagamento para a ajuda de custo dos profissionais que estão em condições de teletrabalho foi a principal reivindicação. O Banco anunciou pagar os custos somente no segundo semestre de 2021. Já os equipamentos serão disponibilizados ao longo do primeiro semestre do próximo ano, com a justificativa de se tratar de um banco público e ser necessário passar por processos licitatórios. Para a representação dos bancários, o acordo não é suficiente e a reivindicação foi para que os custos sejam pagos em janeiro de 2021. “É necessário que o pagamento seja imediato, ou seja, logo após o funcionário entrar em Teletrabalho”, pontua Elisa.
Quem recebe?
De acordo com o banco, a ajuda de custo será paga somente aos funcionários que cumprirem mais de 50% de sua jornada em teletrabalho. O valor a ser pago será de R$ 80,00 por mês.
A representante da Feeb ressalta a necessidade de atenção para a questão da separação entre funcionários de alta e baixa frequência e o pagamento da ajuda de custo apenas para classificados com alta frequência. “Essa questão pode resultar em grandes distorções. Por exemplo: ter a maior parte do pessoal em teletrabalho, em regime de baixa frequência, sem receber a ajuda”, explica. Para a representante esse é mais um ponto que precisa ser revisto.
Propostas apresentadas
O processo de negociação sobre o teletrabalho foi iniciado em outubro. As premissas apresentadas pela CEBB foram definidas com base na pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que contou com a participação de 11 mil bancários que exerciam suas atividades de trabalho em casas.
Dentre as propostas apresentadas pelo Banco estão:
• O acordo entra em vigor após a pandemia.
• Adesão voluntária.
• Jornada de trabalho registrada no ponto eletrônico.
• Equipamentos para todos, a serem entregues ao longo do primeiro semestre de 2021: notebook, kit ergonômico e cadeira (em regime de comodato).
• Ajuda de custo de R$ 80,00 por mês, somente para a alta frequência (mais de 50% do tempo em home office), a partir do segundo semestre de 2021.
• Capacitação para gestor e funcionário.
• Garantia de acesso dos sindicatos aos funcionários.
• Elegibilidade: a) as unidades determinarão os processos passíveis de serem executados em home office; b) perfil do funcionário: destreza digital, etc.
A representante da Feeb destaca, ainda, que a regulação do teletrabalho é importante, principalmente depois da pandemia, que acelerou a implantação desse processo de trabalho. “A negociação é o melhor caminho. A proposta apresentada atende algumas premissas definidas pelos sindicatos, porém é necessário avançar”, avalia.
Metas
A cobrança de metas também foi pauta da reunião. A reivindicação dos bancários foi para que não haja aumento da cobrança de metas aos empregados em teletrabalho. Também foi ressaltada a importância da disponibilização de cursos para gestores sobre teletrabalho e relações com os funcionários, bem como regulamentação e acompanhamento da jornada. O direito de desconexão também está entre os pontos da negociação que terá continuidade na próxima semana.
Fonte: Feeb SP/MS