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novembro 14, 2019

Centrais sindicais falam em ‘maldades’ e organizam protestos

Alvos são pacote que muda gestão das contas do governo federal e programa de emprego; São Paulo tem ato hoje (Por Cleide Silva)

Oito centrais sindicais, entre elas CUT, Força Sindical e UGT, realizam na manhã de hoje protesto em frente ao Teatro Municipal, na região central de São Paulo, contra o desemprego, o pacote econômico do governo lançado na semana passada e o programa Verde Amarelo, que tem como lema incentivar a contratação de jovens – mas que inclui medidas que estão sendo vistas como uma nova reforma trabalhista. Entre outros pontos, o programa propõe taxar trabalhadores que estão no seguro-desemprego.

“O programa deve gerar empregos, sim, mas empregos que não vão sustentar o crescimento do País, além de retirarem vários direitos dos trabalhadores”, disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Para ele, o País precisa de políticas claras para as indústrias e para a infraestrutura para atrair investimentos.

Carteira de trabalho: seguro-desemprego
O governo chegou a cogitar incluir trabalhadores com mais de 50 anos no programa Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Ele cita como “contradição” do governo Bolsonaro propor a abertura dos bancos aos sábados, já que a própria reforma trabalhista estabeleceu a validade do negociado sobre o legislado. “Os bancários acabaram de fazer acordo coletivo com os bancos estabelecendo jornada de 36 horas semanais e agora querem que as agências funcionem aos sábados.”

O ato de hoje, previsto para começar às 9h, vai reunir também as centrais CTB, Nova Central, CSB, Conlutas e Intersindical. “É o primeiro de uma série de protestos que vamos fazer em várias capitais”, afirmou Juruna. “É um ato unitário contra o pacote de maldades que prejudica a classe trabalhadora e os mais pobres.”

O pacote levado ao Senado na semana passada, composto por três PECs e que muda a gestão do gasto público no País, também é alvo do protesto. Na visão das centrais, as medidas podem levar a um “arrocho” nos investimentos em Saúde e Educação e “agravar a precarização dos serviços públicos”.

Fonte: Estadão / CONTEC