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outubro 3, 2018

UGT promove a difusão de informação como a principal ferramenta na luta contra o câncer de mama

A UGT (União Geral dos Trabalhadores) e a Unaccam (União e Apoio ao Combate ao Câncer de Mama) somam ações para enfrentar o Câncer de Mama. O lançamento do Outubro Rosa aconteceu na quarta-feira, dia 3, no auditório do SIEMACO.

Entendendo que a difusão de informações de qualidade é a base para a manutenção da saúde e, consequentemente, garantir a prevenção, diagnóstico precoce, garantias legais e tratamento que leva à cura da patologia, as entidades convocaram as lideranças sindicais para serem multiplicadores na luta contra o câncer de mama que apesar de predominantemente feminino atinge também os homens. Afinal, “quem procura acha, quem acha cura”.

As Secretárias da Mulher, Márcia Adão (Siemaco) e Santa Regina (UGT Nacional), coordenaram os trabalhos ao lado de Andrea Ferreira, diretora do Siemaco e Joyce Ribeiro, da secretaria da mulher da UGT.  Representando a UGT/SP na mesa de abertura do evento, a diretora do Sindicato dos Bancários de São José dos Campos e Região, Débora Ferreira Machado, falou aos participantes sobre a importância das mulheres com os cuidados consigo mesmas. “Muitas vezes estamos tão atarefadas e preocupadas com o trabalho, com a família e tantas outras coisas que fazem parte do nosso dia-a-dia, que não nos atentamos a cuidar de nós mesmas”, alertou a dirigente.

“Se toquem pela vida. Se cuidem”, pediu Santa Regina. Ela lembrou ainda a proximidade das eleições, pontuando que a conscientização sobre a manutenção da saúde tem de ser estendida para a manutenção dos direitos trabalhistas, nas urnas. ” Perdemos os nossos direitos trabalhistas e corremos o risco de perder os nossos direitos previdenciários.”

“Prevenir é mais barato e efetivo”, afirmou Márcia. Ela lembrou que o Sindicato está ao lado do trabalhador na promoção de todos os direitos e saúde. Abrindo a roda de conversa, Joyce disse que a luta inclui os homens, conclamando-os a cuidarem das suas parceiras. Na sequência, a presidente da Unaccam, Clarísia Ramos, mostrou como as participantes podem tornar-se voluntárias na luta contra o câncer de mama e Andrea, mais conhecida como Ferreirinha, esmiuçou o que é e como se prevenir e buscar ajuda quando os sinais do câncer de mama são identificados.

Enfrentando o câncer de mama
Flávia Matias Rocha e Neide Roque são exemplos de que o câncer de mama se enfrenta com coragem! Horas antes de se submeter a uma nova sessão de fisioterapia, Flávia fez questão de dar o seu depoimento. O primeiro sinal apareceu ainda na adolescência: um nódulo de oito centímetros, felizmente benigno. Aos 33 anos, contudo, outro sinal mostrou a malignidade da doença. “O bico do meu seio inverteu. Respirei fundo e segui”, contou.

Foram 28 seções de quimioterapia, a cirurgia de retirada do nódulo e a reconstrução da mama. Neste período de dor, o amor venceu. “Casei-me careca, em pleno processo de tratamento, graças a Deus”. O então namorado, hoje companheiro de vida, não abandonou Flávia, como acontece com muitas mulheres vitimadas pelo câncer de mama.

Neide, por sua vez, além da doença teve de enfrentar o desconhecimento e o medo “daquela coisa ruim”. Nascida no Maranhão, ela perdeu o pai, que sucumbiu ao câncer de pâncreas, e a sua mãe preferiu não falar sobre a doença, cercada de mitos e medo. O câncer chegou a ser descartado, após o exame de mamografia, mas ela insistiu. Intuitivamente pediu ao médico uma investigação maior e após uma ultrassonografia da mama o diagnóstico foi confirmado.

Neide submeteu-se duas cirurgias, retirou as mamas e sofreu um longo e doloroso tratamento. Hoje, curada, ela tornou-se voluntária na luta pela vida e combate ao câncer de mama. “Todo o meu tratamento foi realizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde).” Para ela, é preciso fortalecer a saúde pública, cobrar investimentos do governo federal, e políticas públicas, dos legisladores.