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outubro 24, 2017

BB vai aprovar nova política de sucessão e distribuição de dividendos ainda no primeiro semestre

BB vai aprovar nova política de sucessão e distribuição de dividendos ainda no primeiro semestre

Instituição está revisando todo o seu Estatuto Social para aprimorar sua governança corporativa

SÃO PAULO – O Banco do Brasil está finalizando uma revisão completa do seu Estatuto Social para tentar aprimorar sua governança corporativa. A principal mudança, disse ao Estado o diretor de Estratégia e Organização, Carlos Netto, será a aprovação, ainda neste semestre, de uma nova política de indicação e sucessão de executivos, e de distribuição de dividendos para os acionistas.

O banco já vem ajustando sua estratégia corporativa há alguns anos e é a única instituição financeira do País listada no Novo Mercado da Bolsa de Valores – segmento que reúne as empresas sujeitas às mais rigorosas práticas de governança corporativa.

Para minimizar riscos, todas as decisões estratégicas dentro do banco são tomadas por um colegiado

Uma das determinações da Lei das Estatais, que passou a valer efetivamente em dezembro do ano passado, é estabelecer regras mais rígidas para a nomeação em cargos de direção nas empresas públicas. Historicamente, o BB não contrata profissionais do mercado para ocupar cargos de chefia – a seleção é feita internamente, com a promoção de funcionários de carreira.

Para Netto, o sistema de seleção do banco, “rigoroso, transparente e meritocrático”, é capaz de blindar a estatal de indicações políticas ou tráfico de influência. “No ano passado, fizemos um estudo para saber qual o perfil de executivo desejado para cada diretoria e até o final deste mês vamos terminar de mapear as características profissionais dos nossos gerentes-executivos. Isso facilita o processo de sucessão”, garante.

Corrupção. Para tentar minimizar os riscos com casos de corrupção dentro da empresa, o BB estabeleceu há alguns anos um modelo de governança no qual todas as decisões estratégicas são tomadas de forma colegiada. Segundo Netto, nenhuma política da empresa é aprovada sem antes passar pelo crivo de um comitê. E, quando um problema é detectado, o comitê de auditoria faz toda a apuração necessária e pune os funcionários envolvidos nos atos ilícitos, explica o diretor.

Apesar da precaução, os holofotes da Lava Jato chegaram pela primeira vez no BB em agosto do ano passado, com a investigação sobre o pagamento de propina em cinco contratos da instituição com empresas que prestam serviços de informática. Os valores da corrupção, segundo a Polícia Federal, ultrapassam os R$ 150 milhões.

Recentemente, o BB criou uma diretoria de governança, com o objetivo de coordenar e acompanhar os resultados de todas as suas subsidiárias. Com a Lei das Estatais, o banco também viu a necessidade de implementar ajustes nos estatutos sociais dessas entidades que administra, para tentar reforçar o controle de riscos e das pol